Estava eu, lendo o blog Querido Leitor da jornalista Rosana Hermann (que eu leio todo dia e várias vezes ao dia) quando me deparo com o seguinte post, onde ela falava sobre a convergência de mídias, como por exemplo trabalharmos com ações diferenciadas que envolvam o celular e a tv:
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" Nossa, eu quero viver muito para poder participar de toda essa integração de meios, cada vez melhor. Ainda vou conseguir botar no ar, na TV ao vivo, o projeto que tenho para celulares. Não é possível que uma idéia tão bacana nunca seja executada. É que vender idéia é difícil.
Porque as agências de propaganda acreditam que detém o monopolio da criação e venda de idéias e não aceitam idéias de pessoas de fora. Em alguns casos, acredite, impedem que o cliente compre idéias que não vieram da agência. Política dura. Mas um dia, quem sabe, eu consiga entrar em contato com uma operadora de celular, um fabricante de celular, um provedor, que me ouçam."
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Juro que fico chocado quando leio esse tipo de coisa. Porque se tem uma coisa que a gente gosta é uma boa idéia. Principalmente idéias que possibilitam despertar o interesse das pessoas e fazer com que a mensagem (no caso, a propaganda) seja trasmitida sem ser tida como uma invasão, como algo que vai além da liberdade do leitor/telespectador/ouvinte escolher se quer ler/ver/ouvir aquilo.
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Agências de propaganda são diferentes. Da mesma forma que os jornais, as empresas de telefonia ou mesmo a padaria perto de casa. Idéias são bem-vindas ou não, tudo depende de quem as dá e de quem tem as recebe. Generalizar e dizer que "as agências de propaganda" detém um monólio criativo é não ser condizente com aquilo que ela mesma faz, com as coisas que ela mesma trabalha. Vai me dizer que se eu bater na porta da Rádio Joven Pan e der uma idéia pro Pânico você vai aceitar na hora? Pode até aceitar. Mas também pode simplesmente ignorar minha idéia. Pode ter sido que aconteceu com as "agências de propaganda" que você, porventura, já tenha entrado em contato alguma vez.
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Não gosto de fazer este tipo de crítica, mas gosto menos ainda de me sentir incluído neste tipo de comentário, como se todos fôssemos iguais. Eu, por exemplo, adorei sua idéia. E digo que a dificuldade está não em ouvir, mas em colocar em prática tudo isso e fazer com que o anunciante assuma o investimento. Vou continuar acessando o Querido Leitor sempre e o indicando a todos.
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