segunda-feira, 10 de março de 2008

Ecobags - interatividade total

A Ju, amigona daqui de BH e que tá mandando muito bem lá em Sampa, acabou de ler aqui no blog sobre as ecobags e tratou de botar mais assunto na roda. Ela, que dentre trocentas coisas ainda faz pós em moda na Anhembi-Morumbi, fez questão de me mandar uma matéria escrita por ela sobre um evento que rolou por lá em setembro do ano passado que tinha como tema a... ecobag. Abaixo segue um compilado da matéria, que é enorme.
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"Ser fashion e ecologicamente correto tornou-se conceito e levanta a bandeira na guerra pelo meio ambiente, ressaltando a importância da substituição do uso de sacolas de plástico - material que demora cerca de 500 anos para se decompor na natureza - por sacolas de tecido, elegantemente chamadas de ecobags. A estilista inglesa Anya Hindmarch pode ser considerada a precursora desse movimento ao lançar o modelo de sacola de tecido com a frase “I´m not a plastic bag”, que imediatamente virou hit entre os fashionistas mundiais.
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Se espelhando nessa nova sensação, a Secretaria do Verde e do Meio Ambiente lançou em São Paulo a campanha “Eu não sou de plástico”, contando com a participação de 112 estilistas, marcas e Ongs brasileiras, como Alexandre Herchcovitch, Ronaldo Fraga, Isabela Capeto e Mara Mac, até Nos e lojas de departamento, como a Marisa.
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Com curadoria da crítica de moda Lílian Pacce e cenografia do professor Ivo Pons, a exposição de lançamento aconteceu no Porão das Artes no Parque do Ibirapuera, no dia 12 de setembro, apresentando as 110 sacolas criadas exclusivamente para o evento que percorrerá vários pontos de São Paulo. Juntamente com as sacolas, o cenário era um detalhe à parte: os manequins, construídos com material ambiental e socialmente adequado, davam suporte às peças, e as paredes foram grafitadas com imagens da cidade.
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A idéia central era criar sacolas com materiais reciclados e recicláveis como algodão, papel, tecidos, jeans e lonas buscando a repaginação das clássicas sacolinhas plásticas utilizadas em supermercados e feiras. Para isso, foram convidados desde grandes estilistas e marcas como Alexandre Herchcovitch, Ronaldo Fraga, Isabela Capeto e Mara Mac, até Nos e lojas de departamento, como a Marisa.
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Como estamos em uma época de criação de coleções, não se esperava tamanha adesão por parte dos convidados, comenta Lílian Pacce, que ainda deixou escapar que já existem participantes para uma segunda edição do evento. Na entrada do Porão foram distribuídos três modelos de sacolas produzidas em malva, criadas pelo designer Caio Von Vogt e confeccionadas pelas costureiras das Ongs Arrastão e Aldeia do Futuro. Cada uma delas continha uma frase: “Eu não sou de plástico”, “Minha avó já usava sacola de pano” e “Eu uso sacola de pano e sou feliz”.
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Passeando pelo evento via-se muitas peças que foram realmente produzidas pensando em sustentabilidade, com materiais corretos e tamanhos adequados para o transporte das compras. Mas também se encontrava bolsas que saíram diretamente das coleções de moda, sem nenhuma funcionalidade, feitas com total apelo fashion e que passam longe do supermercado.
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A Cavalera, primeira grife à mostra, com o objetivo de conscientizar as novas gerações na formação de consumidores-cidadãos, criou uma grande sacola de lona, com fotos e muita cor, e duas peças de madeira como suporte para as alças.
Achei esta aqui hiper mega sustentável. realmente boa pra levar no supermercado
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Por incrível que pareça, a sacola que mais atraiu o interesse das pessoas não foi criada por nenhum estilista ou Ong e sim por uma empresa que se antecipou na idéia de substituir as sacolas de plástico. A empresária Elaine Guapo, da Gatto de Rua, criou a “Bag Market”, uma sacola de TNT que se transforma em três e se encaixa no carrinho do supermercado, separando os produtos em: alimentos, geladeira, higiene e limpeza. As sub-sacolas estão presas por velcros, e podem ser retiradas individualmente. .
Apesar de algumas distorções, o objetivo principal da campanha “Eu não sou de plástico” estava claro: impactar e informar todas as pessoas, levando-as a lutar por um mundo melhor e duradouro através de atitudes de cidadania e respeito com o meio ambiente. E a moda é um ótimo pretexto para convencer, encantar e conquistar."
Mulher que é mulher se joga nas bolsas.

. Adorei a participação da Ju. Eu, sinceramente, acredito que uma excelente maneira de fazer com que as pessoas adotem práticas sustentáveis diariamente é mostrando como tudo é simples de ser feito e reforçando o quanto isso representa para o planeta. Todo lugar que eu ando eu já vejo alguém carregando a sua bolsinha sustentável. E aí, alguém aí já tem a sua?

Um comentário:

Anônimo disse...

Amigo, que bom que eu pude contribuir com seu blog, e com a sua pesquisa! Estou sempre às ordens, e buscando ficar antenada com tudo o que acontece no fantástico mundinho da moda! Ah, amei os elogios!!
Afinal, "Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade… daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem, mas lutam para que a fantasia não desapareça…"
Love you!!
Bjos, Ju